A escolha do tema “desemprego” deve-se a uma problemática cada vez mais abrangente a nível mundial. Consideramos o trabalho como um direito e um dever de todas as pessoas em idade activa, a falta de emprego, sobretudo quando prolongada, acarreta consequências pessoais e sociais muito graves, correndo os desempregados o risco de serem postos em causa os seus meios de manutenção, de verem quebrados os laços sociais e de serem estigmatizados, tornando-se potenciais vítimas da exclusão social.
O desemprego é uma situação intolerável á qual como cidadãos não deveremos ficar indiferentes.
Preocupa-nos de modo particular o facto de que, apesar do progresso material a que se tem assistido nos últimos anos, o desemprego esteja a contribuir para o crescimento da pobreza no nosso país, bem como que para o aumento das desigualdades na repartição dos rendimentos.
O desemprego é uma situação intolerável á qual como cidadãos não deveremos ficar indiferentes.
Preocupa-nos de modo particular o facto de que, apesar do progresso material a que se tem assistido nos últimos anos, o desemprego esteja a contribuir para o crescimento da pobreza no nosso país, bem como que para o aumento das desigualdades na repartição dos rendimentos.
Na região de Évora o sector mais importante é o sector terciário e tem como potencialidades o património mundial, o parque industrial, a capacidade hoteleira, a gastronomia e a acessibilidade.
Évora como capital de distrito possui principalmente ofertas de emprego no sector público e na área dos serviços e comércio, neste contexto exige uma grande qualificação escolar e profissional.
A faixa etária que mais sofre com o desemprego é entre os 25 e os 55 anos, sendo o género feminino o mais afectado devido, aos costumes de antigamente da mulher permanecer em casa, o que não permitia obter uma qualificação escolar, devido também há licença de maternidade que esta tem direito por lei, tendo que permanecer ausente durante um período de tempo, e pelo facto de esta não apresentar disponibilidade total para cumprir horários de trabalho que são exigidos pelos patronatos pois tem a seu cargo filhos menores.
O envelhecimento da população associado ao declínio da população jovem e adulta activa provocado pelos movimentos do êxodo rural, o desânimo e descrenças nas melhorias da qualidade de vida individual e colectiva são causas para as quais, é preciso encontrar soluções participadas.
O contributo que a Animação Sociocultural pode dar ao desenvolvimento comunitário são procurar capacitar os actores do “local” com competências sociais e operativas válidas, que lhes possibilite uma autonomia cultural, política e económica.
A Animação Comunitária encontra um campo fértil de actuação no fomento do associativismo, nas actividades de voluntariado e do trabalho juvenil, nas políticas de educação cívica e de pedagogia de consciência crítica, nas iniciativas que promovam a identidade comunitária nomeadamente, a promoção do património cultural e natural, símbolo vivo da cultural local.
A Animação Comunitária tem que suster a sua acção num projecto de educação para o desenvolvimento, esta entendida como forma de educar para o sentido cívico, para a formação de cidadãos conscientes e participantes no próprio processo de desenvolvimento. A educação para o desenvolvimento está direccionada para a provocação da mudança de mentalidades, atitudes e comportamentos do indivíduo e do grupo. A Animação enquanto método educativo tem que educar para a solidariedade, para a responsabilidade colectiva, para a auto-estima e valorização da cultura do território.
A cultura é um recurso endógeno do território e das suas comunidades, ela poderá ser potenciadora de novas dinâmicas socioculturais e constituinte de emprego. Um horizonte no qual, as pessoas são parte activa integrante dos processos de desenvolvimento local.
A dinamização da actividade cultural numa visão de sustentabilidade social e microeconómica das populações é certamente um desafio para os territórios e para os responsáveis das políticas de desenvolvimento. A Animação Sociocultural pode contribuir para um projecto de coesão social, de “avalanche económica” através da cultura, um recurso endógeno comunitário.
A Animação Sociocultural deve actuar como o garante da comunidade no acesso ao usufruto sustentado do património cultural.
A sociedade precisa de Animadores Socioculturais comprometidos com a cultura dos valores, da justiça social, do compromisso com o desenvolvimento sociocomunitário e de Animadores carregados de humanismo, de modo a evitar o abandono do território, e a marginalização, que são os factores mais preocupantes por não existirem postos de trabalho de acordo com as necessidades da faixa etária mais penalizada pelo desemprego.
A cidade de Évora deve lutar, ajustar alternativas válidas que combatam o desemprego.
O desemprego e a exclusão social andam de mãos dadas, é necessário actuar no terreno recorrendo à criatividade, estudando todas as soluções possíveis para combater este problema social.
Concluímos que o Animador Sociocultural tem uma palavra a dizer neste contexto, tem papel de agente de mudança, tem competências para trabalhar com os cidadãos eborenses de forma a motivar estes a darem um passo em frente no constante duelo com o que os aflige. A valorização pessoal é fundamental para o desenvolvimento pessoal.
Juliana Moreira
Ricardo Souto
Rui Fialho
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